THAÏS

Ópera com libreto de

Louis Gallet

 

Compositor:

Jules Massenet

(Montaud, St. Etienne, 1842 - Paris, 1912)

 

Jules Massenet

 

Thaïs é uma ópera em três atos de Jules Massenet para um libreto em francês de Louis Gallet, com base no romance homônimo de Anatole France.

Foi apresentada pela primeira vez no teatro da Ópera de Paris em 16 de março de 1894, com a soprano norte-americana Sybil Sanderson, para quem Massenet escreveu o papel-título. Ambientada no Egito durante a época romana, conta a história de Athanaël, um monge cenobita que se dispôs a converter Thaïs, uma cortesã de Alexandria.

A "Meditação", passagem mais famosa da ópera, é executada como interlúdio entre duas cenas do segundo ato, e faz parte do repertório clássico tradicional, sendo executada normalmente como peça de concerto.

Depois de Manon e Werther, Thaïs é a ópera mais executada de Massenet, mas não pertence ao repertório padrão das óperas. A personagem principal é notória pela dificuldade de interpretação.



Personagens:


  Thaïs, uma cortesã - soprano
  Athanaël, um monge cenobita - barítono
  Nicias, um nobre - tenor
  Crobyle, seu servo - soprano
  Myrtale, seu servo - mezzo-soprano
  Palémon, líder dos Cenobites - bass
  Albine, uma abadessa - mezzo-soprano

 
Enredo 
 
 
ATO I

No deserto de Tebaida, não longe do Nilo

Palémon e os demais monges do mosteiro aguardam o regresso de Athanaël que vem de Alexandria. Este voltou falando da corrupção que reina na cidade e da
escandalosa vida da cortesã Thaïs. Athanaël comunica aos seus companheiros que quer convertê-la a uma vida cristã.
 
E ainda que Palémon e os companheiros o desaconselhem, Athanaël volta a Alexandria. Athanaël é recebido em casa de Nicias, antigo companheiro de estudos. Nicias aparece com duas escravas, Myrtale e Crobyle. Às perguntas de Athanaël, Nicias responde que gastou uma fortuna para ter ao seu serviço a bela Thaïs por uma semana, temporada que está a ponto de acabar.
Athanaël cobriu o seu hábito com uma túnica para a festa. Chega Thaïs pela última vez à casa de Nicias.
Prontamente Athanaël começa a gabar os predicados da cortesã, com grande surpresa de todos. Thaïs zomba discretamente do monge, mas este assegura que irá ao seu palácio repetir-lhe o que diz.


ATO II

Thaïs diante do espelho, observa os primeiros sinais de velhice no seu rosto, mas pede a Vênus para conservar a beleza. Chega Athanaël que começa a preleção com a intenção de salvar Thaïs; ela zomba dele. O monge tira a túnica e fica com o hábito: Thaïs sente o efeito da sua prédica e pede perdão. Mas assim que ele lhe diz que a esperará, tem uma reacção contrária e quando ele sai, dispara numa crise de soluços e risos (é nesse momento que se ouve "Méditation").
 
Thaïs desperta Athanaël, que dormiu fora da casa de Nicias, e implora que a acolha no seu arrependimento. Ele decide levá-la consigo, mas primeiro impõe que queime tudo o que tem. Ela aceita, mas guarda uma estatueta de Eros.
 
Nicias sai de casa contentíssimo: no jogo, ganhou tudo o que havia gasto com Thaïs e quer continuar a sua vida de diversões. Nicias vê Athanaël chegar da casa de Thaïs e caçoa dele, mas ele mostra-lhe a cortesã convertida em penitente.
 
O povo quer impedir que Thaïs se vá embora e Nicias atira umas moedas de ouro, mas aproveitando quando todos se lançam para as apanhar, Thaïs e Athanaël escapam.


ATO III

Junto a um oásis.

Eles atravessaram o deserto. Thaïs está fatigada e, em vão, pede um pouco de descanso. Cai, exausta. Athanaël compadece-se dela, traz-lhe fruta e água e
diz-lhe que o convento está bem perto.
 
Aparecem a abadessa Albine e as companheiras, rezando. Athanaël despede-se de Thaïs e de imediato compreende que já não a voltará a ver na terra; quando vai, cai no chão e chora inconsolavelmente.
 
Os monges reparam que desde que voltou, faz três semanas, Athanaël nunca mais comeu nem falou com eles. Hoje apareceu, muito fechado em si mesmo, mas confessa a Palémon que tem muitos desejos de Thaïs. Palémon responde que o advertiu para que não a conhecesse. Athanaël queda-se absorto na sua prece.

 

 

 

Fonte (editada): http://pt.wikipedia.org/wiki/Tha%C3%AFs

 
 
 
 
 
 
 
A passagem mais marcante da ópera Thaïs, de Jules Massenet - "Meditação" -  é aqui apresentada num solo de violino por Itzhak Perlman.
 
Nascido em 31 de agosto de 1945 em Jaffa, Israel, Perlman é um dos mais apreciados violinistas da segunda metade do século 20.
 
Estudou na "Academy of Music" em Tel-Aviv antes de se mudar para os Estados Unidos e freqüentar a "Juilliard School" com Ivan Galamian e Dorothy DeLay.
 
Perlman contraiu poliomielite aos quatro anos. Recuperou-se,  aprendendo a andar com o uso de muletas e apresenta-se sentado ao tocar seu instrumento.
 
Sua estréia foi no Carnegie Hall em 1963 e ganhou a afamada "Leventritt Competition" em 1964.  Além de gravações constantes, Perlman tem feito apresentações ocasionais na TV americana.
 
Viajando intensamente, já se apresentou a platéias de Varsóvia, Budapeste, Moscou, Leningrado, e em cidades da China e Índia.
Em 1990, na celebração do 150º aniversário de Tchaikovsky, em Leningrado, atuou com músicos como Yo-Yo Ma, Jessye Norman e Yuri Temirkanov.

Ao mesmo tempo em que toca e grava música clássica, pela qual é mais conhecido, Perlman também tem se dedicado ao jazz, incluindo um álbum feito com o conhecido pianista de jazz Oscar Peterson.
 
Os filmes também têm atraído o violinista, participando da trilha sonora de  "Schindler List" (1993), que ganhou um "Academy Award for Best Score". Mais recentemente Perlman foi o solista para "Memoirs of a Geisha" (2005), junto com o violoncelista Yo-Yo Ma.

O violino de Perlman é o famoso "Soil Stradivarius" de 1714, considerado como um dos mais refinados violinos feitos durante o "período de ouro" de Antonio Giacomo Stradivari (1644 - 1737).  
 
Junto com regência, e outras atuações para onde tem sido solicitado, foi Perlman quem tocou na Casa Branca,  no Jantar de Gala em honra da Rainha Elizabeth II, em maio de 2007.
 
O violinista reside em Nova York, com sua esposa, Toby. Em 1995 eles fundaram a "Perlman Music Program" em Shelter Island, Nova York, oferecendo, no verão,  residência e cursos de música de câmara para jovens talentosos em instrumentos de corda.  

 
 
Soil Stradivarious, 1714
 
 
 
Fonte (editada)
en.wikipedia.org/wiki/Itzhak_Perlman
 
 
 
 
 
Pesquisa e Formatação:
Ida Aranha